26 de março de 2010

Alone in the house

Já faz algum tempo que não posto nada por aqui. Da vez última que fitei essa página, e teclei minhas impressões, não era tido como um subversivo. Não era um herege, tido por muitas vezes como um contraventor, acusado de ir contra a moral e os bons costumes cristãos.

Bem, nessa semana a equipe Matarte está fazendo a cobertura (ui!) do Salão do Livro. Fiquei responsável por registrar o que aconteceu na abertura do evento, o recital da atriz Julia Lemmertz, a palestra da filósofa Viviane Mozé (não era só eu que conhecia ela), minha raiva e ressentimento por não ter conseguido emplacar meus desenhos para figurarem na fachada e no interior do Salão, etc. Todavia - sempre há esse maldito todavia -, algo conspirava contra mim. Nuvens negras do passado (delirantes ou do mal)? Cometemos o pecado? Praga pároca? Não sei.



Lamúrias e considerações feitas, agora vos apresento a história que inspirou “Esqueceram de mim VII: a vingança dos derrotados”...

Lá estava eu, garoto ludovicense, a uma semana sem pai e sem mãe (viajaram de férias) – passaram em Palmas apenas para pegar o carro e seguir viagem, no dia seguinte, para outro lugar (mais uma semana só). Até aí tudo jóia. Sem carro, mas tudo jóia. Ainda tinha meus cachorros: Madá & Obama.

Minha história começa no sábado (20) e o convite para um apetitoso churrasco me ludibriava quanto ao que os próximos dias me reservavam. Comecei o dia bem, dormi até mais tarde, naveguei um pouco e na parte da tarde fui para uma peladinha tradicional do fim de semana. No primeiro lance corto meu dedo (era um sinal e não dei atenção). Fui lavar depois de algumas horas de jogo, mas logo recebi o aviso de um jovem experiente:

“Já infeccionou”

Fim de jogo. Coca-cola bebida. Banho tomado. Vou ao churrasco. Delicio-me com as carnes e a fiel mandioquinha cozida. Prejuízo de outrem contabilizado, vou ao show do Zé & Z.

Não preciso dizer como foi.

Bauducco me concede uma pousada em sua humilde residência, almoço com meu sócio e regresso ao doce e animado lar. Chego em casa para, com colegas e futuros operadores do Direito, resolver algumas atividades acadêmicas pendentes. O que eu não sabia era que meu modem tinha ido pras cucuias em decorrência da tormenta da noite anterior. Pego o telefone, não sei para que, e descubro que o mesmo encontra-se mudo e irredutível.



Pai, mãe, cadê vocês?

Dessas situações já sairiam um episódio de uma sitcom qualquer ou a parte inicial de um filme da sessão da tarde. Mas ao contrário da palestra do Tadeu Schmidt “Sim, você pode”, sim, poderia piorar.

Depois dessa manhã e tarde de domingo cercado de praguejamentos, a noite vem e descubro que as pessoas podem ser seres humanos. Cá estou eu, lindo, belo, cobiçado por 8 em cada 10 mulheres bonitas em período fértil, andando em direção a igreja.

O caminho de 2 ou 3 km que eu pretendia percorrer a pé parecia curto para quem buscava remissão de pecados e uma zica a menos. Mas eis que surge uma luz no meio do caminho: um filisteu me oferece carona. À princípio não o reconheci.

Também, o cara andava de moto e capacete amarelos. Era quase uma versão Dafra da nipopower ranger amarela, Trini. Mário, amigo dos idos de ensino médio, me levou até o templo sagrado. Valeu, Magário! lol

Reza vai, reza vem. Se finda o culto e volto para casa de bicicleta (havia abandonado dias atrás). Pedalava com a impressão de que dias melhores viriam e uma urucubaca daquelas seria deixada para trás, tal qual o Rubens Barrichello ou seu sucessor, Felipe Massa.

Felipe Massa é o segundo Rubinho!

No caminho para casa pedia para Deus uma semana melhor e tinha fé que seria atendido. No entanto, o numinoso, do alto de seu monte, acenava: “Não hoje, pobre diabo”.

Na manhã seguinte bronca na aula, na terça, chuva incessante e na quarta perco o celular. E nesse momento, quando olho para o relógio pendurado na parede da cozinha, lembro que ele também não funcionava mais. Meritíssimo, sem mais colocações.

Esse relato poderia se chamar “Vivendo e não aprendendo”, “Esqueceram de mim” “Se fudendo e não aprendendo” ou até “Quem sabe na próxima”.

Mas a semana ainda não acabou.

23 de março de 2010

Matarte no Salão #3: Honra, Desespero e Salvação

No sábado à noite, nosso webmaster Pablo, queria realizar o sonho nerd de conhecer pessoalmente o Engenheiro Marcos Pontes, primeiro brasileiro a ir para o espaço literalmente.

Porém, ele se frustrou ao ver o auditório dominado pelo público sub-14, e tamanha empolgação também foi para o espaço. Ainda sim, se você não conhece o nosso Pablo, saiba que ele é um homem que honra compromissos (além de credenciais de imprensa e dinheiro do contribuinte), qualidade em extinção na sociedade moderna. Em hipótese alguma ele deixaria você, querido leitor, sem ao menos uma foto para provar que o Matarte esteve lá.

Mas esse não era o dia de Pablo. Sua câmera fotográfica, fruto de um sorteio realizado em alguma confraternização de repartições públicas, o deixou na mão quando menos devia. E ele saiu por aí cabisbaixo e sem rumo madrugada adentro, e com apenas R$ 3 no bolso.

Qualquer outro ser humano procuraria um bar para tomar o que desse com essa miséria. Todavia, como disse antes, Pablo honra compromissos. Ele entrou na única lan-house aberta àquela hora, e foi cumprir com sua função de vetorizador oficial de artes para as Camisetas Serreal. Foi inspirado em Pablo que criaram a máxima de que o trabalho enobrece o homem.

Quando ele havia vetorizado 423 ilustrações no Corel em pouco mais de 20 minutos, o sentimento de culpa por não ter conseguido a foto com o nosso herói astronauta veio à tona. Seus batimentos cardíacos aceleraram (como o Tocantins), e o coração ameaçava sair pela boca a qualquer momento. Ele não pensou muito e entrou no orkut para olhar as fotos minhas e do Ciro para imaginar como ficaria a nossa cara de decepção quando ele nos contasse que não conseguiu. Até que para a surpresa dele, e a alegria de todos, descobriu que não precisava ter sofrido tanto, já que melhor que ter uma foto do primeiro astronauta brasileiro aqui no Matarte, é ter uma foto do primeiro astronauta tocantinense, e que faz parte da nossa equipe.

ciro_astronauta_tocantinense

Este é Ciro, o nosso herói!

Matarte no Salão #2: Oco do Mundo e outros lançamentos literários

Após o encontro da nossa equipe na primeira noite do 6° Salão do Livro do Tocantins, me propus a cobrir o lançamento do livro “Histórias da História de Gurupi” só pela simpatia que eu tenho pela cidade após duas visitas recentes para cobrir festivais de rock.

Os lançamentos dos livros acontecem no Café Literário de forma coletiva. Graças a isso, tive a oportunidade de presenciar uma mesa composta por alguns dos principais escritores tocantinenses como o homenageado do Salão, o ex-prefeito Odir Rocha, o presidente da ATL – Academia Tocantinense de Letras, Eduardo Almeida, os professores universitários Osmar Casagrande e João Portelinha, além é claro, dos autores que estavam lançando livros: Belinha, Juarez Moreira Filho e Zacarias Martins. Gente madura que representa a produção intelectual do nosso Estado, mas que infelizmente ainda não fazem parte da realidade de jovens interessados em cultura, como eu, por exemplo.

img_1728

Perdi um pouco da apresentação da poeta Belinha, mas fiquei impressionado com um poema dela interpretado pelo Casagrande, que falava sobre como ela gostaria que a lembrassem após sua morte.

img_1830O meu motivo de estar ali era ouvir direto do autor algumas das histórias curiosas da cidade de Gurupi. No entanto, vacinado contra gente desinteressada, Zacarias Martins poupou muitas palavras em uma apresentação que mal chegou a dez minutos. Ainda sim, coletei algumas informações para passar adiante. O livro é uma coletânea de crônicas sobre fatos pitorescos da história de Gurupi desde 1986, como o caso exemplificado por Zacarias, quando um mal entendido em uma ligação telefônica provocou o falso alerta de que houvesse uma bomba explosiva na Caixa Econômica Federal de lá. Zacarias Martins pertence à Academia Gurupiense de Letras, publica crônicas em jornais da cidade, e também em seu blog. Sua amiga Marilda, também escritora de Gurupi, o define como “um homem que o que tem de pequeno, tem de inteligente para contar boas histórias”.

Decidi ficar até o final das apresentações, e pude presenciar o lançamento duplo do escritor Juarez Moreira Filho, que sabiamente, convidou Odir Rocha e Portelinha para falar de cada um de seus livros. O mais curioso foi a definição que Portelinha atribuiu a um dos livros como “descritivo pictorialista”. Quase um palavrão como ele mesmo disse, mas o nome do livro em questão era bem mais simples (e genial): “Oco do Mundo”.

Os livros estão disponíveis para compra no estande da ATL – Associação Tocantinense de Letras. “Histórias da História de Gurupi” continuará a venda na GEP Livraria mesmo após o Salão do Livro no valor de R$ 15.

Matarte no Salão #1: O Tocantins Acelera em ritmo de Déjà vu!

Como informamos pelo twitter, a equipe Matarte conseguiu uma credencial de imprensa para fazer a cobertura dos eventos do 6° Salão do Livro do Tocantins. Analisamos a programação e definimos quem cobriria o que de acordo com o interesse de cada um. Infelizmente não teremos ninguém para cobrir Rosa de Saron na sexta-feira, e nem o grupo regional de pagode gospel que tocará no domingo. Ficamos devendo essa, queridos leitores.

Na primeira noite do Salão do Livro, foi a única vez em que fomos juntos apenas para visitas. Ao circular pelo salão, dá uma estranha sensação de Déjà vu em relação às duas edições anteriores, o que torna a comparação inevitável.

A principal vantagem deste ano é o fim da concorrência desumana por convite. Ninguém mais precisa almoçar na fila para pegar convite de um show/palestra que ocorrerá de noite, e muito menos ser parente ou chegado de um funcionário da Seduc. De qualquer forma, ainda considero importante a hipótese de colocarem um telão que transmita os eventos do Auditório Central pelo lado de fora também.

Entre as desvantagens deste ano estão a pouca diversidade nas atrações e a seleção de artistas regionais sem muitos critérios. Dominguinhos, Almir Sater e Fagner são nomes de relevância inquestionável, porém, os três possuem públicos semelhantes. Rosa de Saron é um grupo que não trará nenhuma contribuição cultural, mas já são garantia de espaço lotado, o que na cabeça de alguns é sinônimo de sucesso. Entre os artistas regionais, prevaleceram os nomes apadrinhados pela Fundação Cultural do Estado.

Sobre os estandes, não houve mudança significativa das últimas edições pra cá. A maioria é composta por livros infantis, pedagógicos e religiosos. Salvo raras exceções que vendem alguns best-sellers. O Governo do Estado continua sustentando os estandes ao manter a liberação de créditos para funcionários públicos. Assim saem todos felizes, e a leitura acelera a educação no Tocantins.

download

Fotos: seduc.to.gov.br

21 de março de 2010

Zé Ramalho e o Dia em que a Chuva Falou por Nós

Se tem algo que irrita quando a gente vai a um evento, é a impressão de ter sido passado para trás, não é mesmo? Noite de sábado, 20 de março, momento do tão esperado show do medalhão da música brasileira Zé Ramalho. Com ingressos de pista no valor de 30 reais a meia entrada e 400 reais a mesa, o Espaço Cultural lotou de gente que não poupou esforços para prestigiar o evento “cultural”.

Antes da entrada, algumas desagradáveis surpresas. A área onde fica o formigueiro e a rampa de entrada para o teatro estava livre para circulação de quem estava fora, e com apenas um cercadinho com furos que davam uma visão para o palco das mais privilegiadas, digna de um bom camarote. Começou aí a sensação de ter sido feito de otário por pagar 30 reais pelo show. Ainda tinha uma fila quilométrica que aguardava a todos na portaria.

Lá dentro, meu pior pressentimento se confirmou. A pista era um curral em forma de corredor, e bem distante do palco. Área descoberta na maior parte do espaço, apenas uma tenda com um aglomerado de gente, e a boa opção de tomar Nova Schin por três reais. Diante deste cenário, o show ameaçava ser interminável mesmo antes de começar.

O show começou e o Zé Ramalho mostrou ser incrível mesmo com a distância que estávamos um do outro, e me fez esquecer dos problemas de produção por alguns instantes. A voz personalíssima e cheia de presença, a mistura dos ritmos regionalistas com a influência de Bob Dylan bem tocados junto à banda Z, e todos os clássicos que queríamos ouvir direto da fonte original. Sim, já cansamos de ouvir todos os músicos de bar tocar Zé Ramalho, e o sucesso de público do show preocupa já que agora tais músicos terão a desculpa de cantar as músicas dele “em homenagem à vinda recente deste grande artista da música brasileira”. Dá até pra ver esta frase saindo da boca de um deles né?

Até pouco antes da metade do show, só o pessoal que estava pista seria atingido pelo desprezo da produção. Nós reclamaríamos no dia seguinte, e ficaria por isso mesmo já que foi a plebe que “preferiu” ir de pista. Quando, de repente, uma Chuva - merece maiúscula porque foi um importante personagem - apareceu para dar boas oportunidades a quem estava na pista, e evidenciar os erros de produção também para o pessoal que tava sentadinho nas mesas tomando aguinha, cerveja, refri e comendo salgadinhos. Simplesmente, ignoraram os limites da cobertura do Espaço Cultural, e venderam muitas mesas em área descoberta.

Muita gente que havia pagado 400 reais para ser bem servido teve de se levantar para fugir da chuva, deixando abandonadas suas mesas com fartura de comidas e bebidas. Foi o momento em que muita gente que estava na pista corajosamente (para quem viu o tamanho dos seguranças) rompeu as grades de separação e invadiu a área das mesas sem muita dificuldade. Isso aconteceu por duas vezes. Preferi não arriscar meu rostinho lindo que mamãe caprichou, mas nem por isso deixei de aproveitar. Consegui pegar um prato com porção de presunto, queijo e azeitonas para dividir com os amigos, e um conhecido ainda me passou um refri que estava me chamando havia um tempo. O melhor de tudo foi que com o frio por estar molhado pela chuva, só havia um jeito de não sofrer com isso: dançar, beijar a namorada e se divertir sem receio de exageros.

Esse show foi histórico desde já. Pela primeira vez, a elite social de Palmas também foi atingida pelo despreparo de uma produção de shows comerciais, e certamente muita gente pagou e não gostou do que teve de passar. Assim, saímos todos unidos pela incômoda sensação de que pensam que somos povo marcado e povo feliz.

Nas paredes do Espaço Cultural, algumas faixas nos alertam: o show do Capital Inicial está chegando! Quem quer pagar para ver os mesmos erros se repetirem?

Obs: Não tirei nenhuma foto porque não levei minha câmera. Ainda bem, pois ela estaria encharcada e a minha justificativa para não colocar fotos aqui seria bem pior.

18 de março de 2010

“Uma linguagem que me afeta”

fabi

- Que Deus elimine você e toda a sua família.

16 de março de 2010

Minha Primeira Tirinha!

tiraaepõe

15 de março de 2010

7° Tendencies Rock Festival - Programação

Ano após ano, o produtor André Porkão persiste e oferece mais um grande evento para o público tocantinense especializado em ROCK!

Dessa vez, as principais atrações são nada menos que o Legião Urbana Dado Villa-Lobos e o inglês Iron Maiden Blaze Bailey. A programação ainda conta com outros nomes de peso como Raimundos (sem Tico Santa Cruz), Mukeka di Rato, Necropsy Room, entre outros nomes em ascensão, sem esquecer das bandas locais, que representarão diversos segmentos.

A programação também prevê para o primeiro dia de evento uma mesa redonda com a presença de produtores e jornalistas especializados. Entre eles, Fabio Mozine (ES), Fabio de Oliveira Gomes (RS), Leonardo Fernandes Cardoso (RJ), Eduardo Mesquita (GO). Além disso, será realizada uma exposição de fotografias e a presença de três tatuadores que estarão mostrando suas artes ao mesmo tempo.

OgAAACUX-vYp8TGgfcnqLlcgWxF_Ha9elC5DwytCuzSkG8tQHFCDhbvyTiEG_8SHeMXLI0In6Dv56hd6zHJZoZ16LCwAm1T1UKyfi3Q5lprJ5rcrItsyEtiFN6le

Clique sobre o nome do artista que você será redirecionado a página oficial do mesmo.

15 /04 – Quinta-Feira

00h - Dado Villa-Lobos e Toni Platão – Tributo à Legião Urbana
23h - The Moxine (SP)
22h20 - Veiétu
21h40 - Dona Quitéria
21h - Essência de Horácio

16 /04 – Sexta-Feira

01h – Raimundos (DF)
00h20 - Hellbenders (GO)
23h40 - Girlie Hell (GO)
23h - Os Pedrero (ES)
22h20 - N3CR (MT)
21h40 - Herdeiros & Reis

17 /04 – Sábado

01h40 - Blaze Bailey (Inglaterra)
01h - Mukeka di Rato (ES)
00h20 - Lopes (MT)
23h40 - Necropsy Room (GO)
23h - Trampa (DF)
22h20 - Capellinos
21h40 - Maquinários
21h – Mohanna

Local: Tendencies Music Bar

Ingressos antecipados:

A partir do dia 20 de março, já estarão à venda na Maré Surf no valor de R$ 20 por noite ou R$ 50 o passaporte para as três noites.

Ingressos limitados devido a capacidade do local.

Contatos:

Porkão - (63) 8404-0374 /(63) 3215-5773 - tendenciesrock@gmail.com

Tendencies Rock no Orkut e no Twitter.

Assessoria de Imprensa - karinafrancisjornalismo@gmail.com

Credenciais serão liberadas para veículos de comunicação só após contato com a Assessoria de Imprensa.

#Atualização: A banda Boddah Diciro cancelou sua apresentação na segunda noite do festival por motivos pessoais de um dos integrantes. Mais explicações aqui.

14 de março de 2010

Pseudo-resenha: Invictus, de Clint Eastwood





No último sábado, fui ao Cine Cultura do Espaço Cultural assistir ao novo filme de Clint Eastwood, Invictus. Como sempre tenho um bom pressentimento em relação aos filmes do velho blondie - e, para ser sincero, nunca me decepcionei com nenhum deles - não deixei que o céu nublado me impedisse de ver esse na tela grande.

O filme conta um episódio verídico ocorrido entre 94 e 95, durante o primeiro mandato de Nelson Mandela como presidente da África do Sul após a sua libertação, em 90. Aqui, Mandela (Morgan Freeman) se depara com um país que, apesar do fim do apartheid, ainda possui uma espessa atmosfera de desconfiança e temor entre negros e brancos.

Os brancos, que viam Mandela como um terrorista pelo seu passado enquanto chefe do braço armado do CNA (Congresso Nacional Africano), acreditavam que o novo governo iria se voltar contra eles, tomar seus empregos e propriedades ou coisa pior. Por sua vez, os partidários de Mandela acreditavam que a população branca, inconformada com o resultado das eleições, faria de tudo para retomar o poder, inclusive assassinar o presidente.


Mandela (Morgan Freeman) e Pienaar (Matt Damon) conversam: o rubgy como forma de reconciliação

Em meio a tudo isso, Mandela vê no rugby uma paixão que pode ser compartilhada por todos e então decide se aproximar de François Pienaar (Matt Damon) - capitão dos Springboks, o time nacional de rubgy da África do Sul – e o convence de como é importante que eles vençam a Copa Mundial de Rubgy de 1995, sediada naquele ano no país.

Sua estratégia era simples: ao apoiar o time de rubgy da África do Sul e tentar integrar a população negra ao esporte (que até então simbolizava o domínio africâner) através do programa Um Time. Uma Nação, ele conseguiria unir os dois grupos em torno de um objetivo comum e assim dar início à construção da democracia multiracial que tanto anseiava.

É claro que conseguir isso não foi fácil. Mandela teve que ir contra as aspirações de muitos de seus simpatizantes, que desejavam uma política menos amigável à minoria branca e viam na eleição de Mandela uma oportunidade para apagar os traços do antigo governo e modo de vida. Isso é evidenciado pela cena em que membros do Ministério do Esporte fazem uma votação para decidir se devem ou não mudar as cores do uniforme e bandeira dos Springboks, símbolo de décadas de domínio africâner.


Mandela (Morgan Freeman) saúda torcedores durante a final da Copa Mundial de Rubgy de 1995

Mas Mandela via além. Ele sabia que esse tipo de decisão apenas confirmaria os temores dos brancos. Assim, ao contrário do que todos esperavam, ele pregou durante o seu mandato uma política de absolvição, e não de ataque às minorias brancas ou de punição aos responsáveis por anos de segregação racial e pelos seus 30 anos de encarceramento. Como ele mesmo diz: “O perdão liberta a alma. Ele remove o medo. Por isso é uma arma tão poderosa.”

Invictus é basicamente sobre isso: perdão. Motivado pelo poema que dá título ao filme, Mandela preferiu esquecer o passado e seguir em frente, tornando-se ele mesmo mestre de seu destino e comandante de sua alma.

Programa

Onde: Cine Cultura, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho
Quando: De segunda à sábado, com sessões às 21 horas
Quanto: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Classificação: 14 anos.

13 de março de 2010

Amor nos tempos da dengue

Futuro

old-man

12 de março de 2010

Matarte indica

(Nesse espaço, a equipe Matarte irá indicar semanalmente - ou quando a preguiça bater - alguns links de gente que faz)

Ciro

Último episódio de Caverna do Dragão

Todas as tiras do Laerte Coutinho na Folha, desde a primeira

Maior caricaturista da atualidade

Web 2.0

Bauducco

Video-clipe literário (o que é isso???) do Todoprosa Sérgio Rodrigues

Excelente blog para iniciantes em Planejamento Gráfico de Jornais e Revistas. Para quem não tem interesse nisso, indico pelo menos que dêem uma olhada nos slides que discorrem sobre o impacto de algumas das principais correntes artísticas

Após esse vídeo, meu sonho é que Palmas sofra (risque o SOFRA e coloque VIVA no lugar) uma enchente para ser feliz e romântica como todos esses cariocas zona sul

Site australiano exibe imagens captadas pelo Google Earth de surfistas em meio a dezenas de tubarões. Dá até para ouvir o áudio

Pablo

João Pereira Coutinho. Quem curte?

Blog do John Kricfalusi, criador do clássico desenho Ren & Stimpy, amante dos desenhos animados e uma da pessoas mais insanas que o mundo já produziu.

Site com a maior parte das entrevistas já realizadas pelo programa Roda Viva.

Copa de Literatura Brasileira. Os jogos já terminaram, mas esse site tem uma proposta tão legal que eu acho bom rememorar alguns momentos

11 de março de 2010

Já que Ermenilde é a nova queridinha do Brasil…

errmenildefactsx

10 de março de 2010

Parabéns pra você

Em tempo.

Ele também faz aniversário. Gravem, 10 de março.

Carlos Ray “Chuck” Norris assopra as velinhas e toda uma área em um raio de 500km.

chucknóia

Chuck Norris dorme com o travesseiro debaixo da arma.

Sobre meninos e tortas



Como muitos de vocês já devem saber, eu fui o grande ganhador da cobiçada torta doce sorteada pela Ermenilde – Doces & Salgados. O que vocês não sabem, isso por que eu não convidei ninguém (de besta, só tenho a cara), é que na última sexta-feira eu, Bauducco e Ciro resolvermos marcar a nossa Reunião Semestral em Prol da Dominação Mundial na Ermenilde, onde discutimos assuntos importantes para o século XXI, como a ética jornalística quando confrontada pelo fascínio do poder econômico, estratégias para a solução da fome – a nossa, e a beleza ou não da Carla Perez (existem teóricos que defendem o segundo ponto de vista), enquanto degustávamos a tal torta.

Após uma entrada de salgadinhos e refrigerante, ela chegou. Recoberta por uma redoma de plástico para manter intactas as suas propriedades tortíficas, ele veio trazida pelas mãos do próprio Fábio, herdeiro primeiro do império ermeníldico.

Momentos de suspense. A redoma é calmamente retirada.

Subitamente, uma rajada de luz ilumina o ambiente. As nuvens do céu se dividem em pares, o chão treme sob os nossos pés, e eis que surgem as três feiticeiras de Shakespeare, que apontam para mim os dedos em riste e proclamam em tom profético: “Tu serás rei, Macbeth!”.

“Mas meu nome é Pablo”, respondo. Elas me olham, surpresas. “Sério? Ah, tá. Então libera um pedaço de torta aí”, dizem em uníssono. Eu olho torto. “Nem rola”. E lá se vão elas, com a língua carregada de maledicências e o estômago clamando por torta.

Mas voltemos à ela. Criada sob o princípio da Proporção Áurea - assim mesmo, com a letra de cada palavra em maiúsculo, a torta era por si só uma pequena obra de arte. Por cima e dos lados, diversos pedaços de morango decoravam sua superfície achocolatada, e no topo uma fina camada de cobertura translúcida vermelha criava o contraste necessário entre o chocolate e as bordas de glacê branco. Magnífica, magnífica.

O melhor, porém, estava do lado de dentro. Na primeira mordida, nossas bocas foram inundadas pelo vasto recheio de trufas de chocolate preto e por alguns momentos o único som que se ouviu ao redor da mesa foi aquele que é feito quando se está armordaçado e algemado na cama com uma mulher vestida de Tiazinha sentada em cima da gente.

Sem falar no tamanho. Depois de termos comido metade ou mais dela, tivemos que pedir que o restante fosse embalado para viagem. Era muita, muita torta. Se só nós três conseguimos comer isso tudo, eu presumo que a mesma torta seja capaz de satisfazer um grupo de dez pessoas normais.

Enfim, pessoal, essa é a experiência de se comer uma torta da Ermenilde – Doces & Salgados. Se você ficou com vontade de provar uma torta assim, é só dar uma chegada por lá qualquer dia desses e dizer bem baixinho no ouvido do Fábio: “Eu sou a flor silvestre que perfuma os campos”. Você vai pagar o mesmo preço, mas seus amigos nunca mais vão te olhar da mesma maneira.

Em tempo: a Ermenilde está prestes a lançar outra promoção, desta vez de uma torta salgada. Não vou participar para dar uma colher de chá para vocês. Corram lá e fiquem atentos.

9 de março de 2010

Chávez e o mais do mesmo



Quando eu era pequeno – mas bem pequeno mesmo, hein! – eu tive essa incrível idéia, tão extraordinária que me renderia o prêmio Nobel de Economia e me colocaria no alto do pódio entre os maiores pensadores da humanidade.

A idéia era a seguinte: que tal se... o governo imprimisse quantidades gigantescas de dinheiro e as distribuísse igualmente entre as pessoas? Incrível, não? Com uma só tacada, eu resolveria os problemas da fome mundial, do desemprego e da alocação de recursos gerado pelo capitalismo selvagem. Grande, garoto!

Mais tarde, porém, eu descobri que um bando de caras russos já havia usado a minha idéia, ou pelo menos a base dela, em um lugar chamado União Soviética com resultados morais um tanto quanto contestáveis. E que na China governada por Mao Tsé-Tung, o “grande timoneiro”, todo o legado que se conseguiu deixar foi uma pilha de corpos tão grande que faz a experiência da Alemanha nazista parecer uma partida de Twister que não deu certo.

Sem deixar de mencionar, é claro, o nosso querido “el comandante”, que há mais de 50 anos (!) comanda uma ditadura em uma pequena ilha caribenha em prol da “equidade social”, de onde todos os anos centenas de pessoas tentam fugir em barcos e bóias improvisadas, enfrentando as águas infestadas de tubarões do mar do Caribe para não terem que ficar nem mais um segundo no país que a esquerda brasileira considera o “paraíso na terra”.

Era o fim de um sonho.

Esse pequeno intróito (ui, ui, ui) serve apenas para demonstrar a minha surpresa toda vez que eu leio notícias relacionadas ao nosso vizinho de cima, Hugo Chávez, e o seu esforço contínuo para ampliar os poderes do Estado sobre todos os assuntos da vida nacional venezuelana em nome da Revolução Bolivariana do Século XXI.

Não é preciso ir muito longe para ter conhecimento das sandices do homem. Uma busca rápida na internet entre as notícias mais recentes revela, para ficarmos em alguns exemplos, as ameaças de expropriação feitas às empresas que não conseguem produzir o suficiente para abastecer as prateleiras dos supermercados por que, vejam só, elas estão sujeitas a um racionamento de energia idealizado governo; a repressão policial feita contra estudantes durante a realização de eventos contrários ao governo; o racionamento de produtos básicos e de energia; além da censura pura e simples.



Eu sei que a idéia de um governo em que todos são absolutamente iguais (iguais entre aspas. Ou você acha que o Fidel Castro está submetido ao mesmo racionamento de alimentos e produtos básicos que o resto dos cubanos? Ou que ele vive no mesmo tipo de residências que eles? Afinal, "todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros") parece tentadora para muitas pessoas (não para mim, se você me disser que todas as pessoas devem ganhar a mesma coisa, apesar das habilidades diferenciadas de cada um, vai ganhar um peteleco na orelha), mas o que a lógica e a história demonstram é que sistemas como esse só foram possíveis por meio da concentração despótica do poder, o que geralmente causa a ruína do governo, já que ditadores não costumam dar bons economistas.

A mim parece que Hugo Chávez não conseguiu enxergar – ou talvez ele tenha conseguido, mas ignore completamente - algo que eu já descobri há muito tempo, quando tive que encarar a lógica das minhas idéias quando confrontadas com o horror que elas haviam provocado ao longo da história: ao concentrar em torno de si todo o poder sob o pretexto de que conhece o que é melhor para seus concidadãos e para o país, o governo invariavelmente recorre ao uso da coerção, além da restrição e muitas vezes eliminação de diversas liberdades individuais, para a sua manutenção no poder. E não há nada que cegue mais um homem do que o brilho ofuscante do poder.

8 de março de 2010

formspring.me RT

tiraquestz

5 de março de 2010

formspring.me

tiraquest

4 de março de 2010

Homem de pelúcia



________________________________________________________________

2 de março de 2010

Um agradinho é bom

amorz2